
E-book Paulo Freire e a Educação Popular: caminhos para uma práxis transformadora
Organizadoras:
Elza Cristina Schramm Nogueira
Francisca Ivone da Silva Dourado
Gleiciana Marques da Silva Rios
Lucineide Ferreira dos Santos
Maria Leidiane Mendes Pereira
Marta Maria dos Santos Dantas
Nicole Stephanie Florentino de Sousa Carvalho
Sâmara Maria Braga Meneses
Área de conhecimento: Ciências Humanas
Idioma: Português
Ano: 2025 - 1ª Edição
Número de páginas: 130 páginas
Formato: Pdf
Tamanho do arquivo: 1,98 MB
ISBN: 978-65-5321-032-5
DOI: 10.47538/AC-2025.45
Paulo Freire e a Educação Popular
CAMINHOS PARA UMA PRÁXIS TRANSFORMADORA
O livro que agora se abre ao leitor é um convite para uma reflexão crítica sobre a educação comprometida com a mudança social. Paulo Freire é uma figura central neste curso de desenvolvimento do pensamento, envolvendo sua carreira na história das lutas pela libertação popular brasileira e latino-americana. Seus pensamentos ainda animam educadores que veem a pedagogia não apenas como um ato educacional, mas também profundamente enraizado nas condições de vida cotidiana enfrentadas por pessoas cujas histórias nunca foram contadas.
Este e-book não pretende ser apenas mais uma pesquisa sobre o pensamento de Freire. O corpo de pensamento de Freire oferece caminhos em vez de fórmulas para a prática pedagógica que estão relacionadas à realidade e à demanda histórica dos oprimidos. Os conceitos de diálogo, conscientização e práxis, por exemplo, serão revisitados para que possamos enfatizar o poder encontrado em uma educação construída sobre a escuta, a troca e a ação coletiva.
A Educação Popular, como prática emancipatória, é aqui entendida como parte da estrutura de resistência e constituição de novos significados para a vida em comunidade. Este entendimento abrange domínios distantes além do esforço escolar formal — regiões onde o conhecimento é a própria experiência vivida, as relações humanas são modeladas imitando os exemplos da natureza sem exclusão ou atribuição de hierarquia a qualquer indivíduo. Nas práticas vividas mostradas ao longo destes capítulos, os eventos de aprendizagem popular são cruzados como um momento: um em que a contradição pode ser surpreendentemente criativa.
Ao descrever a história de vida de Paulo Freire, este primeiro capítulo o retrata como um herói. Sua produção intelectual é ambientada no contexto das convulsões políticas e sociais do Brasil e do mundo. A bússola fundamental para seu trabalho como educador e pensador original amante da liberdade emerge da ética. Isso também encontra expressão em seus poderes como uma pessoa institucional que desce sobre a cabeça de todo detentor de coroa [senhor ou rei]; então acho que você vê aonde quero chegar aqui!
Além disso, o segundo capítulo explora as raízes da Educação Popular dentro do pensamento freireano, fornecendo um dispositivo interpretativo para a leitura crítica da realidade, construção coletiva do conhecimento e prática de transformação pela qual os educadores esperam transmitir sua mensagem. Reflete as últimas pesquisas e desenvolvimento dessas ideias em resposta aos desafios contemporâneos.
O capítulo três examina a “Pedagogia do Oprimido” de Freire, uma de suas obras mais conhecidas. Usando uma perspectiva atual que traz novos significados ao antigo, esta seção, por sua vez, introduz e discute conceitos freireanos como opressão, consciência ingênua e consciência crítica, a cultura do silêncio, educação bancária e educação libertadora.
A relação entre educação e mobilização social é o foco do capítulo quatro. Aqui, movimentos populares, sindicatos, pastorais sociais e práticas de educação popular de grupos comunitários são apresentados como palcos onde o conhecimento é produzido e práticas educacionais de transformação são fortalecidas. Estas são desenvolvidas a partir das ideias de Freire em conexão com este estilo de seu modelo de aprendizagem.
O capítulo cinco trata da Educação Popular em espaços não institucionais além das escolas: centros comunitários, projetos habitacionais rurais e grupos cívicos. Exemplos de experiências são editados e analisados para mostrar a educação dialógica, o protagonismo comunitário através de práticas de escuta/fala.
O capítulo seis examina a Educação de Jovens e Adultos (EJA), focando em práticas que se inspiram no método de Paulo Freire e o estendem dentro do Brasil. Os problemas de alfabetização crítica, formação de professores e políticas públicas são os temas de discussão aqui, baseados em experiências pedagógicas específicas como realidade reconhecida.
Finalmente, no sétimo capítulo, propomos uma reflexão sobre qual uso o pensamento de Paulo Freire ainda pode ter para as escolas do século XXI em um mundo ameaçado por retrocessos políticos e negacionismo. Se nada mais, os estudantes incumbentes devem ocasionalmente ser arrastados para frente, reconhecendo a importância histórica presente do que aprenderam para a política futura.
Boa leitura!


